A louca vida de Cazuza.

Então queridos leitores, como estão? Bom, eu tô levando a vida como posso... Só na sombra e água fresca! Hoje queridos quero deixar uma coisa bem clara por aqui... É o seguinte, esse blog como diz o nome é um diário né? Mais olha só, o assunto padrão dele não é necessariamente sobre relacionamentos e sexo. Em determinados momentos poderão se deparar com muitos outros assuntos por aqui. Porque esse blog foi feito com o intuito de postar coisas que acho interessantes, com assuntos que gosto de discutir... Repito novamente, isso é um diário, ok? Ta certo que deveria ter comentado isso, nos primeiros posts, mas lembrei disso bem agora (foi mal).

Ultimamente venho escutando muita música MPB de cantores que já se foram (realmente são os melhores), e tô incentivando até minha irmã de 6 anos a gostar também (Tentando salvar essa nova geração). Então hoje tirei o dia pra saber sobre a vida de um dos maiores poetas do rock nacional, que deixou muita história e mensagens valiosas pra todas as pessoas que curtem o som do cara. É ele mesmo, Cazuza!

A louca vida de Cazuza, que desde criança gostava de pôr fogo em tudo. Ele dizia que amar era sinônimo de sofrer e amou homens e mulheres com a mesma intensidade.

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de Abril de 1958 com o nome de Agenor Miranda de Araújo Neto, mas ficou conhecido nacionalmente por Cazuza. Teve uma certa dificuldade para descobrir que seu negócio era realmente a música. Antes de fazer o grande sucesso foi funcionário da Som Livre, fez cursos de fotografias, trabalho em peças teatrais. Foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho e com uma produção barata, gravaram o primeiro álbum da banda. Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e São Paulo, Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985 Cazuza deixou a banda para seguir carreira solo.

Desde a adolescência tinha brigas constantes com a mãe Lucinha, que ficou chocada ao descobrir maconha no quarto do filho quando ele tinha apenas 15 anos. No dia que descobriu jogou tudo fora e ouviu de um inconformado: ‘’ Você é louca? Era maconha de primeira qualidade. Você não dá valor ás coisas. Jogou dinheiro fora!’’ Ou seja desde novinho já usada drogas. O mais difícil foi quando começou a desconfiar que Cazuza por volta dos 18 anos, era bissexual. Um dia sem rodeios, ela perguntou: ‘’ Meu filho, você é homossexual?’’. Cazuza respondeu tranquilamente: ‘’ Olha mãe, eu não sou nem uma coisa nem outra, porque nada é definitivo na vida. Você pode dizer que eu seja bissexual, porque não fiz minha escolha ainda. Um dia posso gostar de um homem como, no outro gostar de uma mulher. Então não fique preocupada com isso’’. Lucinha escreveu em seu livro ‘Só as Mães são felizes’, que a primeira paixão do filho foi aos 17 anos, com uma vizinha do Leblon e que ela soube por um acaso, depois de saber que ele pediu dinheiro para pagar um aborto da namorada.

Depois de viver grandes paixões, sua atitude rebelde, assumidamente bissexual, aparecia o poeta. Com um tipo de letra que falava de dores, de sofrimento, de paixões. Quando começou sua carreira solo já sabia que estava doente e então em um novo exame confirmou o vírus da Aids. Começou o tratamento em Boston, onde ficou dois meses. Quando voltou, gravou o disco ‘Ideologia’, onde falava de suas experiências com a perspectiva da morte e ainda tocava em assuntos relacionados a questões sociais do país. Depois de um grande sucesso vendeu mais de 560 mil cópias do disco ‘Cazuza ao vivo, o tempo não pára’, que também é o registro dos maiores sucessos de sua carreira.

Apareceu a capa de uma revista semanal assumindo que estava com Aids. Foi um grande baque nacional, pois era a primeira personalidade pública a assumir que estava doente. Talvez a proximidade com a morte a tenha levado a compor compulsivamente. Em 89 gravou o álbum duplo ‘Burguesia’ que viria a ser seu último registro musical. Morreu no Rio de Janeiro, em 7 de julho de 1990, com 32 anos de idade.

'Caju: Fique livre do mundo, aproveite a dor, ame de olhos fechados e se divirta na Terra. Cazuza.' Essa foi uma dedicatória dele para ele mesmo, foi sua última anotação e fez quando ainda tinha forças para escrever. 

Afinal, o tempo não para!